Met Gala 2025 - Os atuais Dândis
- prinnbeginning
- 14 de mai.
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Demorei um pouco para digerir a avalanche de referências que o Met Gala trouxe esse ano. Muita moda, história, identidade — tudo pensado com cuidado e carregado de significado. Aconteceu no dia 5 de maio, em Nova York, com o tema “Superfine: Tailoring Black Style”, um tributo ao dandismo negro e à excelência preta na moda.
O movimento do Black Dandyism surgiu durante o Renascimento do Harlem, como uma forma de resistência cultural e política nos anos 1920 e 1930. Nesse período, artistas, músicos e escritores afro-americanos buscavam afirmar sua identidade e celebrar a cultura negra, desafiando as normas raciais e sociais da época. O dandismo negro passou a expressar elegância, estilo e orgulho — uma forma de rebelião sartorial contra a opressão e as expectativas impostas.
Sempre fui fascinada pelo dandismo, mesmo sem mergulhar profundamente em suas raízes ao longo dos anos. Ainda assim, percebo que meu estilo pessoal já flertava com essa estética há bastante tempo. Quando eu trabalhava em banco, o dress code já exigia uma certa formalidade — ternos, blazers, tecidos estruturados, salto, acessórios elegantes… e eu amava tudo isso. Sinceramente, às vezes parecia que eu só estava ali para usar aquelas roupas. Meio louco, eu sei — mas é verdade.
E aí veio o grande destaque do Met Gala pra mim: a excelência preta.A noite foi uma homenagem à elegância como forma de resistência e expressão cultural, destacando o impacto histórico da moda preta. Um verdadeiro desfile de identidade — com peças impecáveis, poderosas, sob medida. E tudo isso envolvido numa estética que eu sempre amei: ternos!
Ver essa excelência sendo celebrada de forma tão escancarada foi emocionante. Não como um gesto de “ajuda” ou “compensação”, mas como um reconhecimento direto e seguro do quanto a criatividade preta influencia — e sempre influenciou — a moda. Isso ficou muito claro na curadoria da Anna Wintour.
Foi uma homenagem sincera — e não condescendente. E isso, pra mim, foi poderoso. Especialmente num mundo em que algumas conversas já deviam estar superadas há muito tempo. Se você ainda não entendeu — ou finge que não entendeu — sinto muito, mas vai ficar pra trás. Não tem mais por que explicar o óbvio.
E sim, todo mundo entregou tudo no blue carpet.Embora — e sem querer ser chata — o cenário estava impecável, mas e o meu tapete vermelho? Sou obcecada por red carpets, e essa é a única coisa que eu mudaria.
Destaques do Blue Carpet
Identidade e excelência transbordaram esse ano! Os homens brilharam mais do que nunca, enquanto algumas fashionistas ficaram mais contidas — mas os looks foram marcantes e com muita personalidade.
Vamos aos que mais geraram burburinho:
Rihanna não apenas usou um dos melhores looks da noite, como também anunciou — toda glamurosa — sua terceira gravidez. Ela simplesmente não para! Estava deslumbrante com um conjunto de alfaiataria em risca de giz assinado por Marc Jacobs, misturando elementos clássicos com feminilidade e poder.
O look fazia referência ao street style — com a camisa amarrada na cintura — mas reinterpretado no formato de um vestido de gala vintage. Ela também apostou em elementos do dândi: a gravata roxa, o chapéu, o paletó adaptado como vestido.
Ela estava leve, sorridente, mais relaxada do que de costume. Menos pose feroz e mais brilho nos olhos. Uma mãe radiante! Agora fiquei curiosa pra saber como vai ser esse novo álbum (aquele que ela vive prometendo). Será que vem um novo estilo musical? Eu adoraria ver um retorno mais forte ao dancehall com toques caribenhos.
Já tem gente dizendo que o álbum vai atrasar de novo — sendo que ele nem tem data ainda! Mas bom, ela mesma já disse que ainda sabe cantar — então veremos.
O que eu tenho certeza que vem aí são looks de gravidez espetaculares. Ela sempre entrega — e só melhora com o tempo!
Zendaya provou mais uma vez que são os detalhes que fazem a diferença. Teve gente que também apostou em ternos brancos e chapéus, mas ela se destacou com folga. Ela usou um terninho branco da Louis Vuitton, feito sob medida por Pharrell Williams — blazer estruturado, colete, camisa de seda, gravata e calça de alfaiataria ampla.
O visual foi finalizado com um chapéu de aba larga, uma bolsa Speedy cravejada de pérolas da Louis Vuitton, e joias da Bulgari. A inspiração veio de ícones como Bianca Jagger, Grace Jones e Gladys Bentley — e o resultado foi sofisticado e impecável.
Ouvi alguns comentários de fashionistas dizendo que esperavam mais dela... mas sinceramente? Ela entregou o tema e ainda ficou belíssima. Bem melhor do que muita gente ali, pra ser honesta. Então pra mim, é um sim — não que ela precise da minha aprovação, mas opinião a gente compartilha, né?
A$AP Rocky, sempre bem-vestido e carismático (com todo respeito à rainha Riri), foi um dos co-anfitriões da noite — e mandou muito bem! Ele vestiu um look que homenageava suas raízes em Harlem e representava perfeitamente o tema da noite.
Rocky co-criou o visual com seu stylist de longa data, Matthew Henson, pela label criativa AWGE. O destaque foi uma parka de lã inspirada nas famosas jaquetas Marmot, que ele usava na infância. Segundo ele, essas jaquetas são quase um uniforme de inverno em Harlem — todo mundo tem uma.
A versão que ele usou tinha corte transpassado, botões de pressão, punhos com velcro — um twist moderno na alfaiataria clássica. Ele completou com camisa de algodão branca, calça preta de lã, colete, gravata e uma cueca de seda à mostra — equilibrando elegância com um toque de streetwear.
Nos pés, sapatos Oxford feitos em parceria com Christian Louboutin. E nos acessórios, peças da Bulgari, incluindo o relógio mais fino do mundo — com apenas 1,7 mm de espessura. Um luxo absoluto.
Nos bastidores, ele ainda mostrou um anel de ouro feito sob medida, com uma estátua da Rihanna — usando um vestido cravejado de diamantes e cabelo em correntes douradas. Ele ficou visivelmente emocionado. Lindo de ver.
Na minha visão, o Rocky tem uma vibe única. Seguro de si na medida certa, carismático de um jeito natural. Dá pra sentir que ele está abraçando essa fase de paternidade com consciência — ele até mencionou isso na entrevista pra Vogue. Está amadurecendo, sem perder o charme. É bonito de ver.
Em conclusão, eu ainda estou obcecada por esse Met Gala 2025 — foi simplesmente tudo! Quero muito saber o que você achou: qual foi seu look preferido? Você usaria algo inspirado no dandismo? Pretende trazer mais desse estilo pra sua vida? Me conta aqui nos comentários!
Referências
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